O SOCIALISMO cobra caro, e as consequências logo aparecem. Como na ditadura as pessoas não podem votar ou o voto não importa muito, o jeito é votar com os pés.
Os venezuelanos tem ao menos uma grande vantagem sobre os cubanos: não vivem em uma ilha, e portanto é mais fácil escapar.
O êxodo disparou no governo de Nicolás Maduro, no poder desde março de 2013 (e ouvindo o antecessor Hugo Chávez nos tweets dos passarinhos). Como a Economist publicou, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) avaliava que ao fim de 2017 havia 1,6 milhão de venezuelanos morando fora do país. O número é hoje bem maior, já em que junho de 2018 havia quase 1 milhão de venezuelanos apenas na Colômbia. No primeiro semestre deste ano, mais de 120 000 venezuelanos entraram no Brasil.
A estimativa da ACNUR é que o número de venezuelanos deslocados já seja de 4 milhões – ou seja, cerca de um oitavo da população. O êxodo pode acabar ultrapassando os 6 milhões de sírios que fugiram da guerra civil iniciada em 2011.
Quando você ler na imprensa que as pessoas estão migrando por causa da “crise da Venezuela”, contudo, desconfie. Não há “crise”; apenas socialismo.
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