O MINISTRO DA EDUCAÇÃO, Ricardo Vélez, continua no cargo. Na noite desta quarta (27), Eliane Cantanhêde disse na GloboNews que Bolsonaro tomou a decisão de demiti-lo “em horas ou dias”, atribuindo a informação a uma “fonte quente”. O Presidente chamou o anúncio de “fake news” pouco depois.
É espantoso que Vélez permaneça no cargo. A pasta já acumula 15 exonerações desde o começo do ano, incluindo o diretor de programa Ricardo Roquetti, dois secretários-executivos (contando com Iolene Lima, cuja nomeação nem foi publicada no Diário Oficial), a secretária de Educação Básica, o presidente do Inep e alguns alunos de Olavo de Carvalho.
O trabalho do ministério sofreu várias reviravoltas. Excluiu as crianças do 2º ano do Saeb e voltou atrás no dia seguinte. Pediu a todas as escolas do Brasil que gravassem um vídeo com os estudantes cantando o Hino Nacional e depois desistiu. Em 2 de janeiro, publicou um edital para compra de livros didáticos e depois o cancelou, atribuindo erros à gestão do governo Temer.
Vélez tem no currículo uma única experiência administrativa: como pró-reitor, ainda nos anos 70. Antes do MEC, nunca chefiou ou dirigiu sequer uma faculdade.
Em audiência na Comissão de Educação nesta quarta (27), a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) perguntou ao ministro onde pode encontrar seus projetos e metas. Ela disse que Vélez apresentou uma “lista de desejos”, que não pode ser chamada de planejamento estratégico. O ministro pediu à deputada que conversasse com suas secretarias, e posteriormente declarou: “a única coisa que posso dizer é que fico”. É tudo o que ele tem a dizer sobre seu trabalho no MEC.