Nas redes sociais, Michel Temer celebrou a rapidez com que Gilberto Occhi conseguiu, junto ao Ministério da Saúde, substituir os mais de 8 mil profissionais cubanos que tinham deixado o Mais Médicos antevendo problemas com o futuro governo Bolsonaro. Os números ainda demandam alguma desconfiança, pois a experiência alerta que uma boa parcela dos selecionados nem sequer aparece para trabalhar, ao passo que outra desiste do ofício antes do primeiro ano. Mas, diante do quadro obscuro que se pintava, trata-se mesmo de uma boa notícia.
Mais de 8,2 mil profissionais brasileiros foram selecionados para o #MaisMédicos. Estamos resolvendo neste momento um problema que angustia a população brasileira. pic.twitter.com/fcCkk85Oao
— Michel Temer (@MichelTemer) November 26, 2018
Todavia, é preciso questionar: desde que herdou o comando do país, o governo Temer promete resolver o conflito, e de fato havia reduzido a presença cubana em mais de 3 mil postos de trabalho. Mas a postura diante da ditadura castrista seguia por demais passiva, com o Brasil chegando a excluir do programa 49 municípios que incentivaram médicos estrangeiros a buscarem direitos na Justiça.
De repente, em questão de semanas, atingiu-se o objetivo que só seria alcançado na década seguinte. Quer dizer, então, que o problema era meramente falta de vontade de política?
É a conclusão a que o episódio leva.