EM 2018 TEREMOS a primeira eleição presidencial após a decisão do STF proibindo doações de empresas para as campanhas. O resultado foi que o Congresso aprovou no fim de 2017 um fundo eleitoral de R$ 1,7 bilhão, ao qual se soma o já existente fundo partidário. No total serão R$ 2,5 bilhões em dinheiro público para os partidos gastarem este ano.
PT e MDB pegaram a parte do leão nesse bolo. Cada um terá cerca de R$ 330 milhões em dinheiro público para gastar. O PSDB poderá lançar mão de R$ 282 milhões, e o PP, R$ 187 milhões.
No fundo partidário, 5% do dinheiro é dividido igualmente entre os partidos e 95% é distribuído de acordo com a proporção de votos na última eleição para a Câmara.
No fundo eleitoral as regras são um pouco mais complicadas: 2% divididos igualmente para todos os partidos; 35% de acordo com a última eleição para deputado federal; 48% de acordo com a atual representatividade na Câmara, e 15% de acordo com o número de senadores.
Naturalmente, a migração de deputados para este ou aquele partido muda a fração a que a bancada tem direito na hora de dividir o fundo eleitoral.
Usando como referência valores divulgados pelo Bom Dia Brasil, com os R$ 2,5 bilhões de dinheiro público dos fundos eleitoral e partidário seria possível construir 1 300 creches. Ou comprar 21 000 ambulâncias. Ou 13 800 ônibus escolares. Ou erguer 1 200 UPAs. Ou fazer 10 hospitais públicos.