O MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE publicou no Diário Oficial da última sexta (22) a aprovação do Plano Nacional para Combate ao Lixo no Mar. O documento, publicado no site do ministério, traz “objetivos” sem prazos ou indicadores que possam atestar seu cumprimento.
A página do 20 “plano” traz cinco objetivos. Entre eles, “redução gradativa da poluição marinha advinda de atividades terrestres”, “redução gradativa do lixo no mar de origem marítima”, e “disponibilização de dados e informações, engajamento e criação de senso de pertencimento junto ao público que tem relação direta e indireta com gestão e disposição de resíduos sólidos”.
Mais adiante, o Plano apresenta uma seção chamada “indicadores”, que não estão diretamente relacionados aos “objetivos” apresentados antes. Na verdade, os indicadores estão divididos em oito grupos. Entre uma seção e outra existem seis “eixos”.
Recapitulando: cinco “objetivos”, seis “eixos”, oito grupos de “indicadores”.
Os indicadores incluem “quantidade de resíduos que deixou (sic) de chegar ao mar (quantidade/peso)”, “número de notícias veiculadas” e “existência de normativo sobre o Lixo no Mar”. Embora presente nos “eixos”, a revisão e elaboração de normas não está entre os cinco “objetivos”. Além disso, os indicadores não contém números do tipo “antes” para que o ministério possa avaliar se cumpriu ou não metas “depois”. Nem prazo para fazer isso.
Em qualquer aula de planejamento estratégico, o aluno aprende a traçar objetivos “SMART” – da sigla em inglês para Específico, Mensurável, Plausível, Relevante e Com Prazo. Pelo jeito, Ricardo Salles e Ricardo Vélez faltaram juntos à mesma aula.
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