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O Mais Médicos também bancava fiscais da ditadura cubana

Aos poucos as suspeitas sobre os Mais Médicos vão sendo confirmadas pelo noticiário. Matéria da IstoÉ destacou que, além do time de profissionais da saúde, a ditadura cubana mantinha fiscais no Brasil, o que dava à relação um ar de “escravidão”. Estes tinham por missão impedir a deserção dos bolsistas. E, para máxima indignação, recebiam líquido um salário quatros vezes superior.

De 2013 a 2018, a OPAS contratou 120 desses consultores internacionais, conforme os Planos de Trabalho divulgados pela entidade desde 2014 e de um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que analisou os primeiros desembolsos do governo federal em 2013. Além de apontar “obscuridade na relação” OPAS-Cuba, o TCU questionou a contratação de 20 assessores internacionais para os primeiros sete meses do programa, pelo salário de R$25.000 por mês. O TCU pediu esclarecimentos sobre o papel deles no projeto, sendo que o Mais Médicos já previa tutoria de profissionais brasileiros para os cubanos. O salário dos consultores estava incluído nos custos do Programa e era repassado pelo Ministério da Saúde à OPAS no montante para pagamento dos bolsistas, passagens, diárias, seguros e ajudas de custo para a instalação dos médicos nos municípios.

As atrocidades do Mais Médicos

Dos R$ 25 mil pagos pelos profissionais, apenas R$ 11,8 mil chegavam ao bolso dos fiscais. A IstoÉ calculou que a fiscalização desnecessária custou R$ 52,1 milhões ao Brasil. E que a Organização Pan-Americana da Saúde, que ficava com 5% do líquido dos recursos, faturou pelo menos R$ 330 milhões em meia década de programa.

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Publicado por
Marlos Ápyus