O Mais Médicos também bancava fiscais da ditadura cubana

Cubanos, vinculados ao Mais Médicos, embarcam em Brasília para Havana no Aeroporto Internacional de Brasília. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Calcula-se que o Brasil gastou mais de R$ 52 milhões dos recursos do programa para manter agentes da ditadura socialista

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Aos poucos as suspeitas sobre os Mais Médicos vão sendo confirmadas pelo noticiário. Matéria da IstoÉ destacou que, além do time de profissionais da saúde, a ditadura cubana mantinha fiscais no Brasil, o que dava à relação um ar de “escravidão”. Estes tinham por missão impedir a deserção dos bolsistas. E, para máxima indignação, recebiam líquido um salário quatros vezes superior.

De 2013 a 2018, a OPAS contratou 120 desses consultores internacionais, conforme os Planos de Trabalho divulgados pela entidade desde 2014 e de um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que analisou os primeiros desembolsos do governo federal em 2013. Além de apontar “obscuridade na relação” OPAS-Cuba, o TCU questionou a contratação de 20 assessores internacionais para os primeiros sete meses do programa, pelo salário de R$25.000 por mês. O TCU pediu esclarecimentos sobre o papel deles no projeto, sendo que o Mais Médicos já previa tutoria de profissionais brasileiros para os cubanos. O salário dos consultores estava incluído nos custos do Programa e era repassado pelo Ministério da Saúde à OPAS no montante para pagamento dos bolsistas, passagens, diárias, seguros e ajudas de custo para a instalação dos médicos nos municípios.

As atrocidades do Mais Médicos

Dos R$ 25 mil pagos pelos profissionais, apenas R$ 11,8 mil chegavam ao bolso dos fiscais. A IstoÉ calculou que a fiscalização desnecessária custou R$ 52,1 milhões ao Brasil. E que a Organização Pan-Americana da Saúde, que ficava com 5% do líquido dos recursos, faturou pelo menos R$ 330 milhões em meia década de programa.

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