Dos R$ 11.865,60 pagos pelo governo brasileiro por cada contratado do Mais Médicos, apenas R$ 2.976,26 chegavam ao bolso dos profissionais cubanos que atuavam no Brasil. Se receber apenas um quarto do que era de direito já parecia pouco, uma matéria da IstoÉ revelou que o abuso vinha com um adendo: mensalmente, os estrangeiros precisaram repassar R$ 24,00 para o financiamento do Partido Comunista de Cuba.
Quiçá o fato mais revelador de que os assessores da OPAS não passavam de comissários políticos comandados pelo regime foi o mecanismo estruturado nas 27 unidades federais do País para a arrecadação mensal de uma contribuição partidária. Não bastassem os 75% tungados dos respectivos salários, os médicos filiados ao Partido Comunista eram obrigados a entregar mensalmente no Brasil uma contribuição de R$ 24.
De grão em grão, o PCC enchia o papo. A reportagem estimou que as contribuições podem ter somado R$ 1,7 milhão ao único partido da ditadura castrista – não por acaso, presidido por Raúl Castro.
Na cotação de dezembro de 2018, a quantia equivalia a mais de 437 000 pesos cubanos. Lá, o cidadão vive com uma média de 767 pesos por mês.