Conforme explicou o jornalista Diego Escosteguy no Twitter, Flávio Bolsonaro pediu ao STF a suspenção da investigação que atingia Fabrício Queiroz alegando já possuir foro privilegiado. Portanto, que só os tribunais superiores poderiam conduzir a investigação.
A defesa sustenta, e Fux concorda, que cabe ao STF decidir, caso a caso, se o foro existe ou não. Ou seja, e esse ponto é controverso, o caso – qualquer caso semelhante – teria que subir antes ao STF, mesmo que volte em seguida para as instâncias inferiores.
Diego Escosteguy, no Twitter
Cabe, portanto, rememorar o que o clã Bolsonaro achava do foro privilegiado antes de um relatório do COAF notar uma movimentação atípica na conta do ainda motorista do deputado estadual pelo Rio de Janeiro.
Eduardo Bolsonaro não deixava dúvidas: era a favor do fim da prerrogativa de foro.
Carlos Bolsonaro achava graça de Rodrigo Maia, alegando que o presidente da Câmara buscava a reeleição apenas para se blindar da Justiça.
Mais comedido, Flávio Bolsonaro chegou a reclamar de Lula, que estaria mirando o privilégio ao prometer candidatar-se a presidente da República.
Mas nada impressiona mais do que ouvir o próprio pai do trio dizendo de forma clara, ainda que com a língua presa: “Eu não quero essa porcaria de foro privilegiado!”
O mundo dá voltas.