O INQUÉRITO POLICIAL sobre a morte de Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, ainda aguarda relatório da Aeronáutica, que está “em andamento” há quase 3 anos.
O avião monomotor do empresário caiu em 19 de março de 2016 em uma área residencial de São Paulo. Além dele, morreram outras seis pessoas: sua mulher, Andrea; os dois filhos, Anna Carolina e João; o genro Parris Bittencourt e a nora Carolina Ambroso Marques; e o piloto, Paulo Roberto Bau.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo enviou nota a A Agência nesta segunda-feira (28) informando que “[a] investigação da queda da aeronave está em andamento pelo 13º Distrito Policial (Casa Verde). O delegado aguarda o relatório elaborado pela Aeronáutica com as possíveis causas do acidente”.
A assessoria de imprensa da Aeronáutica, por sua vez, afirmou que a investigação “está em andamento no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)”. A Força Aérea destacou que seu trabalho “não tem objetivo de atribuir culpa ou responsabilidade aos envolvidos na ocorrência aeronáutica, mas sim emitir recomendações de segurança visando a prevenir novos acidentes”.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo entende que, mesmo sendo assim, precisa do laudo do Cenipa para concluir o inquérito.
O avião em que Agnelli morreu não tinha caixa-preta. Por se tratar de um monomotor em caráter experimental, o dispositivo não era exigido pela legislação.
Agnelli foi presidente da Vale de 2001 a 2011, quando foi demitido por pressão do governo Dilma.
A Anac informou que encerrou o ano de 2018 com 22 189 aeronaves registradas. Dessas, 5 367 são experimentais.