Mapa do Índice de Democracia: em verde-escuro, as democracias plenas. Por Darin Graham.
A ECONOMIST INTELLIGENCE Unit faz uma atualização anual do Índice de Democracia. Mas as notícias mais recentes não foram boas. Se 27 nações viram em 2017 alguma melhora nos seus sistemas, um total assustador de 89 países observaram pioras. Em especial, nas liberdades de expressão e imprensa.
De acordo com o estudo, há apenas 19 democracias plenas do mundo, e nenhuma delas é a brasileira. Este é um privilégio restrito a 5% da humanidade.
O Brasil subiu duas posições no ranking, mas por demérito alheio, uma vez que o próprio índice sofreu uma leve queda. Em especial, preocupa o avanço autoritário na Ásia, região onde os valores democráticos mais se dissiparam.
No caso, um dos pontos que mais colaborou com o desempenho ruim foi a falta de fé local no sistema. Porque a democracia demanda confiança nas instituições. E as nacionais vivem a se sabotar em benefício dos corruptos mais desgastados, o que faz com que gritos por “rupturas” ressoem ocasionalmente.
É impossível não notar, também, como o mundo é ainda geopoliticamente uma consequência da Guerra Fria, com as nações que aderiram ao socialismo tendo, até hoje, valores democráticos tão frágeis.