AS NOVAS REGRAS DE PROVA DE VIDA DO INSS, que entraram em vigor no começo de fevereiro, podem dar uma forcinha, mesmo que pequena, para a reeleição de Bolsonaro.
A portaria foi publicada no dia 3.
A grande novidade foi alterar o fardo da prova. “Em vez de o aposentado ou pensionista provar que está vivo, caberá ao INSS certificar-se de que o segurado não morreu”, escreveu a Agência Brasil.
Entre os comportamentos que serão considerados válidos como prova de vida estão a vacinação e a votação em eleições. Também vale a emissão ou renovação de alguns documentos, como passaporte e carteira de motorista. Emitir passaporte, como sabemos, não faz parte da vida da grande maioria dos brasileiros, especialmente dos pensionistas.
Dados da pesquisa Datafolha mais recente sobre a eleição presidencial, publicada em dezembro, mostram que, entre os maiores de 60 anos, a vantagem de Lula para Bolsonaro é menor.
Na pesquisa estimulada, em um dos cenários Lula aparece com 48% das intenções de voto no total da amostra, contra 22% para Bolsonaro (vantagem de 26 pontos).
Mas entre os maiores de 60 anos a vantagem é menor: 41% para Lula e 23% para Bolsonaro (vantagem de 18 pontos).
Em outro cenário, com mais candidatos, Lula tem na amostra total 47% das intenções de voto, contra 21% para Bolsonaro (novamente, vantagem de 26 pontos).
Mas entre os maiores de 60 anos Lula tem 40% das intenções de voto, contra os mesmos 21% para Bolsonaro (a vantagem cai para 19 pontos).
Procurado por A Agência na semana passada, o INSS não respondeu à nossa pergunta sobre o potencial impacto eleitoral da nova regra para a prova da vida.