O VEREADOR CARLOS BOLSONARO (PSC-RJ) publicou na madrugada deste domingo (17) que “não há rede orquestrada alguma” nas redes sociais.
Ele respondia a uma reportagem do Estadão intitulada Rede bolsonarista ‘jacobina’ promove linchamento virtual até de aliados, publicada na noite de sábado (16). A pauta foi motivada pelos ataques à repórter Constança Rezende, que partiram de um blog que faz assessoria de imprensa oficiosa para Bolsonaro.
Um áudio da jornalista foi republicado no domingo (10) pelo próprio Presidente, acusando-a de querer arruinar o governo. O que Constança disse não autoriza qualquer conclusão do tipo, e mesmo assim cria uma pauta errada, desviando o foco das conclusões do Coaf sobre Flavio Bolsonaro para as intenções da ‘mídia golpista’, chamada pelos bolsonaristas de ‘extrema-imprensa’.
Como se não bastasse, o Presidente jogou no meio o nome do repórter Chico Otávio, pai de Constança. Dois dias depois, na terça (12), ele assinou reportagem em O Globo sobre a prisão dos suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco.
A reportagem do Estadão sobre a rede bolsonarista que o vereador Carlos jura não existir traz uma tabela com 51 perfis em redes sociais, dentre os quais o próprio Presidente, vários funcionários do governo, e blogs alinhados. Entre os blogs está um site que tem em seu quadro de colaboradores uma funcionária do deputado estadual Bruno Engler (PSL-MG), do mesmo partido do Presidente.
Logo depois do assobio de Carlos, vários bolsonaristas dentro e fora do governo passaram a repetir, de forma totalmente espontânea, que não há rede orquestrada alguma. Um deles em francês.