A PETROBRÁS DESISTIU na noite desta quinta (11) do aumento do preço do diesel nas refinarias anunciado logo antes. O recuo foi ordem do presidente Bolsonaro, como ele admitiu nesta sexta (12) num pronunciamento em Macapá: “Liguei para o presidente [Roberto Castello Branco], sim. Me surpreendi com o reajuste de 5,7%”.
Bolsonaro acrescentou estar preocupado com os caminhoneiros, que fizeram uma greve em maio de 2018 que trouxe sérios problemas de abastecimento em todo o País. Na época, o então pré-candidato apoiou a paralisação, e depois voltou atrás.
A intervenção direta do Presidente no preço do diesel fez alguns apoiadores dele no mercado financeiro largarem a bandeira. Estimativa da Associação dos Importadores de Combustíveis (Abicom) publicada em O Globo é de que segurar o preço do diesel vai custar à empresa R$ 400 milhões por mês (e adivinha quem paga).
As ações da Petrobrás fecharam esta sexta em forte queda: PETR3 caiu 8,5% e PETR4 caiu 7,7%.
A ‘dilmada’ de Bolsonaro levanta um questionamento: os ‘templários’ do Planalto não asseguram que a ‘massa popular’ está com o Presidente? Para que apaziguá-la segurando preço de combustível?