A visita dos índios da tribo Kaingang ao acampamento pela liberdade de Lula. Foto: Ricardo Stuckert
QUANDO FINALMENTE ACEITOU que a prisão de Lula seria inevitável, o petismo apostou na “convulsão social”. Para tanto, uma vigília na porta da cadeia comoveria o mundo, pressionando a Justiça a libertar o ex-presidente. Mas o plano não saiu como esperado.
Conforme relatado pelo Estadão, o acampamento montado em Curitiba, que nos primeiros dias teria contado com a presença de dois mil militantes diários, não tem recebido mais do que duzentas presenças por semana. Ou seja… Os gritos matinais de “bom dia, presidente Lula” têm saído de menos de 30 bocas.
Lula já deixou vazar para além da cela que vê culpa de Gleisi Hoffmann no fracasso. A presidente do PT não teria conseguido parar o país conforme combinado. Mas talvez falte ao maior lulista de todos – o próprio ex-presidente – a consciência de que seu projeto de poder tornou-se obsoleto.