Quando assumiu ter votado em Jair Bolsonaro no segundo turno, João Amoêdo foi provocado a abrir a entrevista fazendo um balanço do desempenho do partido Novo nas eleições de 2018. E a resposta não só foi positiva, como veio acompanhada da afirmação de que as expectativas teriam sido superadas.
A gente achou muito positivo, ficou até acima das nossas expectativas. Acabamos elegendo 11 deputados estaduais, um deputado distrital e oito deputados federais, na primeira eleição [geral] do partido, sem nenhum nome conhecido, sem ter usado fundo partidário, com pouquíssimo tempo de televisão e sem ter feito qualquer coligação com outros partidos. Batendo a cláusula de barreira com alguma folga. Foi um desempenho muito bom.
(…) E o destaque, no final, foi a eleição de um governador para o segundo maior colégio eleitoral do Brasil — Romeu Zema, em Minas Gerais — com uma votação muito expressiva no segundo turno.
Amoêdo declara voto em Bolsonaro e diz que Novo será “independente e vigilante”
No entanto, as próprias redes sociais do presidenciável registram outras metas. No primeiro dia do ano, o presidenciável apresentou um plano bem mais ambicioso. Que, claro, contemplava a própria eleição para o comando do país.
É verdade que, para quem nada tinha, conquistar qualquer coisa já seria positivo. E que não seria normal um candidato a presidente não apostar no próprio sucesso. Mas não parece razoável prometer uma bancada com quarenta parlamentares para o Congresso Nacional, e entregar apenas um quinto da meta.
Talvez haja sinceridade, contudo, no deslumbre com a vitória de Romeu Zema. Minas Gerais sozinha possui uma população que supera a soma dos dez menores estados do país. Neste sentido, é possível afirmar que o Novo conseguiu algo muito acima dos três governadores almejados.