A VITÓRIA DE DAVI ALCOLUMBRE (DEM-AP) para a presidência do Senado é a primeira vitória do governo Bolsonaro.
Janeiro foi um péssimo começo para a administração. Servidores demitidos seguiram trabalhando na Apex e na Funai. O governo enviou à Bolívia avião para levar Cesare Battisti, que não foi usado. O Itamaraty anunciou no dia seguinte almoço com embaixadores da Itália e da Bolívia que acabou não acontecendo. Em Davos, Bolsonaro e sua equipe faltaram a entrevistas. O MEC cometeu uma trapalhada atrás da outra. A Época publicou que a ministra Damares Alves retirou sua filha de uma aldeia kamayurá sem a devida documentação. Sem falar de todas as notícias envolvendo Fabrício Queiroz, inclusive o pedido de Flávio Bolsonaro para ser investigado sob foro privilegiado.
Alcolumbre é o candidato do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Derrotou com 42 votos uma força da natureza chamada Renan Calheiros. Renan tem enorme influência no STF, é verdade. Já se gabou de seu poder na Corte no plenário do Senado, e se recusou a receber oficial de Justiça.
Mas seu poder político apareceu hoje bastante reduzido. Teve 5 votos. Ele próprio e três colegas, incluindo o fiel escudeiro Eduardo Braga (MDB-AM), faltaram à votação.
Derrotar o colossal Renan Calheiros, que já presidiu a casa quatro vezes, parecia muitíssimo improvável. Davi venceu o Golias alagoano. Talvez seja verdade aquele papo de Nova Era…