ADELIO BISPO DE OLIVEIRA, o homem que tentou matar Bolsonaro no dia 6 de setembro, foi o primeiro integrante da campanha #EleNão.
Vamos imaginar o seguinte cenário: um candidato de esquerda, à frente nas pesquisas, é vítima de uma tentativa de homicídio, e, por milagre, sobrevive. Poucos dias depois, ativistas de direita começam uma campanha intitulada #FulanoNão. (Vale lembrar à turma que vê tucanos em tudo que Adelio Bispo foi filiado ao PSOL entre 2007 e 2014).
Em microssegundos a campanha seria intitulada de “discurso de ódio” e veríamos articulistas chamando a militância ao respeito, ao decoro, etc.
Em vez disso, o quase assassino será entrevistado pelo SBT esta semana. Não sabemos quando a fita irá ao ar, mas é natural que isso seja calculado para “render mais”.
Adelio Bispo foi indiciado no dia 7 pela Polícia Federal pelo crime de “atentado pessoal por inconformismo político” com base no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional.
Nenhum candidato visitou Bolsonaro no hospital.