AS ESTATAIS BRASILEIRAS são divididas em independentes, aquelas capazes de gerar receitas que banquem as próprias despesas, e dependentes, que necessitam de injeções anuais do Tesouro. Este segundo grupo já custa mais de R$ 18 bilhões ao povo brasileiro, e 70% desta fortuna serve apenas para pagar os salários dos empregados.
São 73,6 mil funcionários distribuídos em 18 empresas. Nelas, recebem ordenamentos mensais na casa dos 13,4 mil. Mas, em casos como os da Embrapa e da EPE, a remuneração média fica entre R$ 19 mil e R$ 22 mil.
Para efeito de comparação, este último valor é dez vezes superior aos R$ 2,2 mil que o trabalhador com carteira assinada recebe em média no Brasil.
A farra com o dinheiro público é tamanha que, enquanto as estatais “independentes” se esforçam desde 2014 para reduzirem o total de empregados, as “dependentes” aumentam o próprio time acima dos 10% anuais – eram pouco mais de 40 mil felizardos em 2011.